quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMPREENDENDO O UNIVERSO

As pessoas iam chegando e Al Ammar ia recebendo cada uma, com um sorriso angelical nos lábios. Abria os braços e tocava com os dedos da mão direita na sua fronte, encurvando-se um pouco, numa pequena reverência a cada pessoa que se aproximava.
O jovem chegava a estar ofegante, porque seu pai já havia sido instruido pelo sábio e por todas as pérolas do Oriente, nunca havia visto homem mais sensato que este ulemá.
"Meu respeitado senhor, o meu maior desejo é compreender o universo!" Al Ammar ainda brincou com ele: "Realmente, não pode haver desejo maior que o universo! Mas não é tão complicado assim compreendê-lo. Depende da posição em que se coloca dentro dele. Imagine que você se torne bem pequeno, pequeno, e vá diminuindo, diminuindo ao mínimo infinito, ao ponto de habitar um pequenino grão de areia destes daqui, como se fosse seu mundo. O espaço entre os grãos seria tão imenso como o que existe entre você, as estrelas e entre todas as estrelas do céu. Já diziam os antigos: o que há embaixo é o que há em cima!"

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