domingo, 5 de junho de 2011

BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS (MAT. 5.3)

Em primeiro lugar, antes de explicar com profundidade de pensamento o sentido desta frase, permitam-me relembrar que em lugar algum de seu Evangelho, IOCHUA afirmou ser Deus. ELE sempre se identificou como Filho de Deus. Em todas as suas palavras, ele se dirige ao PAI, não contrariando de forma alguma o primeiro mandamento que o Eterno IEVE/ELOHIM/ADONAI/EL SHADAI nos legou no Torá.
Porém, vem a pergunta fundamental desta frase: como pode um pobre de espírito ser herdeiro do Reino de Deus?
Irmãos e Irmãos, os pobres de espírito a quem o Rabino nos refere, não são os ignorantes, nem os caluniadores, nem os de pouco conhecimento catedrático. Não, de forma nenhuma são estes.
É preciso se libertar das amarras do ego e das ciladas do saber humano, para conseguir adentrar-se na sabedoria profunda cujas raízes se distanciam no tempo.
IOCHUA está referindo-se àquelas pessoas que possuem a sabedoria da simplicidade, da humildade, da tolerância, da espiritualidade; que estão libertadas da riqueza aparente dos desejos, das ambições, do egoismo, das vaidades e das ilusões deste mundo passageiro.
Um ganancioso e cheio das características negativas acima não é um pobre de espírito, no sentido do sermão do monte. Um indivíduo com poucas posses materiais ou de conhecimento, se invejar um rico ou um intelectual, também passa a ser o contrário do que o sermão adverte.
Nem sempre todas as riquezas materiais são frutos do trabalho honesto, assim como as palavras de muitas pessoas são resultados desonestos de sua miséria espiritual. Este tipo de pobreza espiritual não se correlaciona com as palavras acima do Mestre. Por exemplo, a inveja é não querer ver a verdade do outro, ou em outras palavras é ver com maus olhos. Portanto, uma enorme pobreza de espírito, no sentido sintático da palavra, mas não é este sentido verbal que o Rabino se refere em seu Sermão.
Lembre-se: "Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão ao Pai". São estes os pobres de espírito que Ele afirma em suas palavras sábias. São aqueles que esvaziaram suas mentes e seus corações de todas as maldades deste mundo terreno, independentes de serem ricos honestos ou pobres trabalhadores. Ficaram aparentemente pobres, mas espiritualmente ricos!